terça-feira, 15 de novembro de 2011

Surpresas.

         'O dia já tinha me decepcionado bastante. Nos últimos anos fora muito diferente e agora tudo perdia o brilho e o significado a ponto de passar despercebido o fato de ser meu aniversário. Levando em conta todos os detalhes desde a hora em que os ponteiros do relógio cruzaram as doze horas, surpresas de fato ocorreram, no entanto de uma maneira singular e pouco agradável que já me forçava a questionar os fatos pouco a pouco. Porém nem sempre esses questionamentos me levam a coisas legais de se ter em mente.
     Por ele ter sido o primeiro não quis dizer o mais importante, e sim o mais questionado, e que vez ou outra vem a mente, mesmo contra a minha vontade, porquê? Não há explicação creio eu. Nem buscar tal informação pretendo. Apenas deixar que assim como foi uma breve presença, que seja breve sua permanência.
     E assim segui... vinte e quatro horas. Tempo disponível para fazer e desfazer do meu humor.
     Seguindo com escola, ônibus, problemas, tornando ainda mais diferente o dia, tanto que esqueci de qual se tratava. Passou, e gatos-pingados iam lembrando, confirmando e cumprimentando-me por mais um ano de vida. Diferente dos que recebi na madrugada, estes chegaram sem efeito e com um tom pouco intimista, no entanto o fato de chegarem até mim já me fez satisfeita, ainda mais pelo fato de nada estar no lugar de que eu esperava.
     Alguns foram cômicos em seus cumprimentos, já que se tratava de um constrangimento para a pessoa ter passado algumas horas ao meu lado sem sequer dar conta da possibilidade de se tratar do meu aniversário, interessante que pouco me importava lembrarem ou não, já não era algo que me fazia diferença.
       E hora a hora o dia foi passando, nada, nem devaneios,  nem felicidade exacerbada, era um dia qualquer. Confesso que não queria que chegasse, e muito menos espero pelo próximo, mas eles vem, e da mesma forma vão e nem se percebe.
      Sete horas da noite. Incio do fim do dia. Tomando rumo de casa , sem esperar mais nada deste dia que de tão comum me foi frustrante. Dobro a esquina da escola, a visto uma rosa, segurando-a há um sorriso, há um alguém que valia a pena esperar. Mais que depressa minhas pernas correram a seu encontro, as mãos largaram tudo,  cadernos, bolsa, e foram se envolver naquela maravilhosa surpresa que me limpou o dia, abriu meu sorriso.
     Dali ainda ganhei um passeio, sua presença superava qualquer material que viesse dele ou de outra pessoa, a surpresa era boa, era vê-lo, toca-lo e te-lo comigo naquele fim de dia, do dia do meu aniversário, a minha surpresa, que fez meus olhos brilharem.


Decepções...

        'As gotas de chuva caiam no para-brisas,  o ar de tão tenso tornava-se tóxico, e eu o respirava com dificuldade. Era difícil dirigir, respirar e entender aquela que ao meu lado estava. As duas primeiras tarefas não eram por si só impossíveis, mas graças a ela assim se faziam.
     Retrocedi todo o percurso do dia, como quem procura algo que perdeu, refazendo caminhos, vasculhando palavras, recordando reações, e os porquês de todo aquele barulho não encontrei.
     Ela, muda e gélida, sentada  lá quase que sem movimentos, raramente resmungava algum pedaço da música que tocava na rádio, as quais nada ajudavam no clima, que a cada quadra ficava mais e mais pesado. As curvas na estrada eu fazia sem perceber, cada esquina e semáforo contavam com a sorte, meus pensamentos perdidos, buscando entender... E para que?

     O destino era a sua casa, e este não demorou chegar , sem nem saber como estava em frente a casa dela. Palavras trocadas, o que estava ruim a cada segundo se tornava pior, ideias grosseiras, desculpas demais, mentalidade fútil que sem argumentos para me responder, bateu a porta e saiu. Por instantes acompanhei o caminhar daquela que saia como se eu houvesse lhe ferido a alma, ofendida, machucada, contrariada. A contemplação durou pouco, o suficiente para que eu voltasse a mim.

   Assim que a porta bateu, meu coração deu um pulo, como se acordasse, somente para que meus olhos enxergassem a cena, compreendendo a, e tendo a assim a certeza de que aquilo nada tinha a ver comigo, era mais uma história dela, mais um episódio que entrei sem saber o enredo, e agora, no caminho de volta para casa saboreio o gosto da raiva e o amargo de uma decepção que me toma por completo.    

sábado, 8 de outubro de 2011

Sonhar

  'Já vi muitos filmes em que o protagonista ou alguma personagem sonha em trabalhar, mas estou falando de uma profissão especifica e que requer um dom, a escrita. Ser escritor, colunista, repórter, jornalista, e uma série de outros nomes que são dados as pessoas que transmitem ao mundo histórias, sejam elas de qualquer temática, desde noticiário policial a coluna social ou a parte econômica do todo.
    Seja em que área for, um escritor tem uma responsabilidade e das grandes, pois não foi apenas uma ideia ou um caso ocorrido, mas é algo registrado, escrito, e em alguns casos comentado, discutido, e é isso que da poder e torna o registrador daquele causo responsável por qualquer incidente que venha a ocorrer a partir de suas palavras.

   Esse simples acréscimo aos fatos muitas vezes pode ser uma crítica, e aí sim o escritor já esta mais que pronto para arcar com as consequências de sua palavras, e se seu depoimento for deverás um protesto é sua obrigação reconhece-lo, pois levantar a poeira e sair é fácil, dar corda a discussão e depois negar tudo é pobre, não é ético!
   Fora as responsabilidades, muitas pessoas levam o prazer alheio em suas palavras, um sentimento versátil que pode originar-se da leitura de um livro de aventura, romance ou drama, ou ainda de uma boa matéria de revista. Um comentário de de blog, um post no twitter, que  pode ser ligeiro e cheio de efeito. 
   Há muitos jeitos de encher o mundo de alegrias e um deles é a comunicação, mais além... A escrita. A qual muda a minha vida a cada texto que crio, porque escrever é mais que passar algo para o papel, é arte! A arte que me move! ")

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Despedidas

    'Alguns na vida veem as pessoas que amam partir, outros se despedem. Eu fui muitas vezes a que se despediu e foi, e na maioria das vezes sem muitas voltas, logo cedo aprendi a não sentir saudade, a evitar esse sentimento, simplesmente fui mudando, reciclando e dificilmente voltando para dar um "Oi" a velhos amigos. Não que estes não sejam importantes para mim, pelo contrário, creio que se não os fosse jamais seria como sou, são apenas infortúnios do hoje que distanciam. Porém nestes últimos anos vi pessoas amadas irem embora, e doeu, amigos e amores dando adeus, alguns eu sei que podem até me dar um "olá", mas outros já não sei...
   O mais chocante foi quando ela foi embora, era sexta-feira, e a notícia tomava forma nas bocas, as quais distorciam e comentavam o caso, fazendo com que eu não soubesse a realidade de fato. As críticas boas e ruins já eram esperadas,  eu mesma as tinha, mas meu lado contra a partida era grande demais para admitir. E assim encontrava-me agoniada a cada segundo que aproximava de sua partida.
   Ela tinha sido mais que professora, ajudará a todos de uma maneira exemplar, no entanto não são todos que percebem e valorizam pessoas que ajudam, mas são rígidas e decididas. Afinal para mim não importava tanto o que pensavam dela, mas apenas meu apreço e carinho, já que me sentia acolhida, mesmo envolta do receio de decepciona-la e de seu olhar as vezes severo.
"Falta sentirei, mas um pedaço de tudo o que passou fica guardado, para mesmo depois que minha mente anestesiar a ausência eu ainda tenha tudo que me ensinou, obrigada!" (:



Texto dedicado, fora dos padrões, porém já é parte do meu novo desafio... Escrever sobre as coisas que se passa nessa vida, lógico que num ângulo que valha a pena parar para ler... Obrigada gente! ee segue o esquema dos sete, esse é o num.1
 ") b&b~

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Recadiinho ^^

Oii gente,
Abro uma aspas nos meus textos pra agradecer quem vem acompanhando e também declarar o fim de uma etapa do blog e em breve uma nova vem chegando... meu último tema foi os dias da semana... que já leu todos, obrigada!!! Quem ainda não acompanhou os sete, fiquem a vontade.

Estou procurando um novo tema pra escrever... aceito sugestões e espero que continuem acompanhando, ^^ 
beeeijo gent :D

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Segunda, enfim o fim! (:

    'Tediosas  5h30 de segunda-feira, fora de comum e enrolada, os assuntos que costumavam me interessar, só fazem repelir. Olho pela janela e vejo umas árvores, uns pássaros e o céu a entardecer, aqui dentro, só alguns resmungos ouvi, era algo a ver com literatura, história, qualquer coisa que não compreendi.
   As histórias continuam, acho que estou fora de contexto, meu final de semana acabou, mas eu ainda estou nele... Ai relógio que não anda, mal recostou seu ponteiro no sete, e ainda me resta uma hora inteira de ânsia, ânsia pra tudo findar. Brinco com um anel, me distraio com a falação, é alguma história antiga, um autor que matou uma louca que esta noiva, ah, sei lá, não entendi, cansei me, que assunto chato.
  Na verdade, sou eu! Até quero adiantar os ponteiros do relógio... Enfim. Este papo acabou, vou la eu para outra brisa até dar a hora. Sai professor de literatura entra de física, e o discurso de um velho escritor se mutua, agora são fórmulas, cálculos de outros velho escritor, e em minha mente compreendo somente o tic tac do relógio daquela segunda-feira.
A saída esperada chega a passos lentos, devagar o sorriso vai se abrindo no meu rosto, e por conhecidencia em outros também. Realmente esta segunda representa uma vontade louca de sair e ver o que fora dessa sala de aula deixei, não só eu mas todos aqui onde eu estou, que lá fora vão seguir afazeres tão diferentes, uns vão ao encontro de amigos, outros do esporte, de um estudo, de casa, de um Amor... sz

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Olhar crítico de Domingo

      'Estava lá sentado esperando a minha carona chegar. Era uma tarde fria, mas de sol, este recolhia-se lentamente no colo do vale.
Já me tornava impaciente, enfiado naquela blusa de malha que me embrulhava os braços e o pescoço sem sufocar-me, pelo menos não tanto quanto as horas que não passaram, nem me lembro ao certo qual era a minha pressa, apenas recordo da caixa que guardava eu abaixo dos braços, sei que algo tinha de haver com ela.
      Apesar da minha memória falha das obrigações daquele fim de domingo, trago muito bem a imagem dos cabelos ao vento, daquele ser que se pôs a janela enquanto eu, lá fora esperava sabe se o que. Do prédio nada mais brilhava, nem surtia tal efeito como aquela distante figura posta a janela, que iluminada pelos raios dourados do Sol cintilavam feito pedra preciosa.
     Ela não me pareceu impaciente assim como eu, pelo contrario, se mostrou serena e ávida de uma paciência característica de fim de tarde do interior, onde não há a preocupação de se correr com nada, e sim como ela mesma o fez, sentar-se junto a janela e admirar o céu puramente azul, o verde vivo da grama, o silêncio daquele bairro tranquilo. Eu jamais teria reparado em qualquer desses aspectos se tivesse continuado sozinho, não obstante veio ela tirar-me da impaciência para levar-me ao transi, contemplando a natureza mista e rica daquela paisagem composta por verdes, dourado, um prédio e aquela bela, de cabelos negros ao vento.
    A minha contemplação já durava alguns minutos, a moça raramente se movia, as vezes mexia nos fios de cabelo, ou então apoiava o queixo em uma das mãos e tornava a admirar o pôr-do-sol, sem intimidar-se com a altura em que encontrava a janela de seu aposento, onde julgo eu, ser o quarto dela. Enquanto eu, perdido em especulações de mero escritor , enfiado num momento de calma, que acabaria assim, sem porque, simplesmente com o chegar da minha carona, a qual a minutos eu reclamava a demora, e neste momento já nem sabia mais o motivo da vinda até mim.
    Entrei no carro azul com minha caixa, despedindo me somente com o olhar da minha doce figura que a janela estava, imóvel e meditante.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sábado, insensato e intenso

        'Despertar de sábado, lentamente espreguiço me entre cobertas, já se passava das 11 horas, havia perdido meus compromissos da manhã, no entanto pouco me importei, já que precisava relaxar, havia sido uma semana longa e a sexta-feira fim doura  dava me o gostinho de vitória na boca, a final a batalha de tantos dias deixou me satisfeito depois dos beijos que dei. Garotinha difícil de conquistar, mas consegui, fiz tudo aquilo que sabia para encantar. Meu retorno foi satisfatório, a danada até beija bem, no entanto o tempo dela já venceu, não me agrada a apaixonite de uma adolescente para abalar meu império. Este foi meu pensamento de manhã, porém, mal sabia eu que as reflexões do despertar de sábado se mutariam tanto até o início da tarde.
       Sem muita certeza do que passava em meu peito continuei com afazeres rotineiros. Limpa ali, come algo aqui, deita, senta, manhã de sábado. Após as simples preliminares reservei me a frente do computador, recostando meus olhos numa velha figura desejada e inacessível  meu corpo reagiu quase que de imediato, sem tempo para protestar. Admirei, contemplei, abusei da imagem a minha frente, e no ápice da minha loucura alguém bate a porta.

       Para a minha total surpresa era a garota da noite passada que acreditava ter algo ainda comigo, de certo eu tinha uma boa oportunidade ali com a visita, mas o intuito da donzela era outro. Gentil e educada viera me prestar um favor, que de pouco me importava agora, ainda mais, pois ela me interrompera. Sai num sobressalto, fechei a foto, arrumei a sala, no entanto a roupa suja em meu corpo ficou, atendi a ela, que logo questionou meu espanto, o que fez me indagar se sou péssimo ator, ou se a guria de mim algo realmente conhece. Enfim, chamei à entrar, apesar da minha posição, no momento, já pouco acrescentaria a sua entrada, agi como de costume, poucas palavras, sisudo e concentrado em um afazer forjado. Liberei a ela o computador, já que vinha para me prestar favor, porém me dei conta do engano, a foto não tinha sido fechada, e a moça não sei, mas pareceu desconcertada, com muita destreza, abaixou a página e realizou seu serviço, sem o findar tentou puxar assunto, mas me encontrava longe, perdido em curvas alvas e distantes, sem mais, ela se retirou.

    Foi neste instante que meu peito apertou, havia eu feito algo de errado?! Não consegui dialogo algum com aquela dama, sinto um aperto estranho, como se estivesse adoecendo  não sei ao certo, mas não paro de pensar nela.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sexta-feira

      chegada a tão esperada sexta-feira, é nela que deixarei de lado certas monotonias e obrigações e é a partir de agora que abro novos caminhos para um novo final de semana. No entanto não é pura e simplesmente feita disso a minha sexta, não é só a expectativa, nem tão pouco de rotina comum, faço dela um dia, mais um dia para escrever, e ao mesmo tempo único o bastante para nunca mais ser igual.
      E nesse ritmo dirigi-me entre tarefas e lazeres, numa sexta  que começou as seis e ainda não tinha previsão para acabar. De manhã adiantar o rotineiro, mais tarde um belo rangar, com o cair da tarde um sorvete, e mais pra frente o luar, hora de voltar para casa.
     Dentro do ônibus acompanhei a lua, as estrelas e para quebrar o costume, um diferente olhar, no último banco encostado a janela a me observar, aquela feição me despertou e até lá fui conversar, mesmo no silêncio de suas poucas palavras doces me encantei, misteriosa dama quem és tu?!
     Pouco tempo me deram para conhecer tal beleza rara. Já em meu ponto de descida, só houve tempo para uma pergunta, "Como encontro a ti depois desta noite?" e um simples e mágico olhar me fez crer que ela me encontraria.'




*este texto teve uma breve inspiração no romance de José de Alencar - Cinco Minutos.    b&b~

sábado, 20 de agosto de 2011

Insonia, na madrugada de Quinta-feira

    "Eram duas da madrugada de Quinta-feira e a rotina já havia sido rompida. Em uma quinta comum ele estaria lá, ao lado dela adormecido aguardando o dia amanhecer, no entanto, estava ao pé da cama a observa-la, já não trajava o pijama e sim uma calça jeans junto a uma camisa e sapatos, seus trajes eram costumeiros, mas a mala que encontrava-se junto a porta sentenciava o destino daquela bela adormecida.
       Seis anos que Tiago pode desfrutar da sensação de despertar ao lado de um ser amado, compartilhar com este um café da manhã e ao anoitecer ter um corpo junto ao seu para aquecer. Porém não era só pelas manhãs e noites que ele estava acompanhado de uma presença feminina. Suas tardes eram bem representadas, toda via por uma pessoa que não sua companheira.
        E ao longo de todo este tempo tinha sido fácil para ele lidar com toda a farsa, mas agora tudo mudará, e Tiago passou a não só ter consciência do sofrimento que trouxera para aquelas belas damas, mas também que não podia se desprender delas. 
       Já haviam se passado algumas madrugadas de quinta-feiras, desde que o rapaz tomará ciência da vida que levava, e junto com o conhecimento do erro veio o culpa que levou o sono de Tiago embora, fazendo deste um zumbi pensante e amargurado nas madrugadas.
          Aquela noite de quinta tomou outra forma quando o amante ouviu sua noiva soluçar palavras doces à ele enquanto dormia, sentindo se um inútil juntou suas coisas numa mala e antes de sumir da vida das duas infelizes que cruzaram seu caminho, Tiago encostou-se ao pé da cama a lembrar dos momentos bons que passará com a doce adormecida, no entanto a história dos dois fora traçada em forma de mentiras e isso sentenciava o destino daquela noite."

sábado, 30 de julho de 2011

Calor, doce calor de Quarta-Feira

   Numa loucura inesperada, só para saciar a saudade que tive de ti, corri. Corri até tua casa depois do almoço. O caminho de ida mais me pareceu uma maratona, pois a ansiedade cobria meu peito e fazia o percurso aumentar. Mas tudo compensou ao te ver sair, simples, doce, com um sorriso meigo de menina, um vestido florido que me refrescou o olhar naquela tarde quente de quarta-feira.
   Um dia bom para passear, ir ao cinema ou ao clube, no entanto foi ali, na calçada da sua casa que tivemos o melhor do dia.
   Eu ria das tuas histórias loucas de menina-moça, as suas brisas, os teus beijos... Foram horas no calor, mas me pareceram mais minutos refrescantes junto a ti.
Teus chiliques, minhas manhas, teu lado criança e o meu deram as mãos e correram a brincar, fazendo de nós dois bobos apaixonados, feito crianças brincando de brigar. Logo em seguida rindo a toa de algo que o outro soltou quase que sem querer.
  Provas de resistência, teimosias que levam a apostas já ganhas, carinhos, abraços, briguinhas expressas só de faz de conta, um ciúme apimentado por uma história quase esquecida, tapas, tapas, tapas, beijos, beijos e agora sim a historinha foi esquecida, mas que história?! Pois é, já nem me lembro.
   Foram feitas disso nossa tarde, quanta saudade do teu olhar, mal dobrei a esquina da tua casa e já quero nos teus braços estar novamente. Que as horas corram, passem depressa, levem a quarta-feira embora, para que amanhã, quinta eu possa voltar, e depois na sexta, no sábado, no domingo, ai então é tua vez de vim cá me namorar.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Terça- Feira

    'Anoitecer de terça e ela já se encontrava atrasada mais uma vez, haviam marcado de se encontrar abaixo de um velho jequitiba que ainda restará envolto a modernidade. Era um local discreto e familiar aos dois amantes, lá costumavam passar as tardes jogando conversa fora e trocando carinhos. Mas o jequitiba sabia que desta vez o contexto mudará.
    Os trajes dela não eram como os de costume, era um dia frio e calmo demais. Ele já estava a espera dela, quando enfim ela virou a esquina, em meio a palidez do ambiente Aline resplandecia, seus lábios rubros forçosamente lhes combinava as unhas de um tom quase ardente. Em si nada mais despertava valor, eram simples roupas sem cor, o que fazia ressaltar a vermelhidão triste que ela mesma lhe espalhara.
        Com o aproximar da bela em um só olhar desvendou-a, sabia que a angustia lhe tomava a mente e a amante já não lhe era a mesma. Tomado de suas artimanhas já sabia do seu objetivo, só faltava o motivo. Sem mais delongas a dama sentou-se a reclamar do dia, da vida, jamais o jequitiba ouvira tanta lamuria, ele logo quis enxugar as lágrimas que derramava cheia de amargura.
     Seus motivos reais vinham da noite passada, na qual seu pesadelo forá da última vez que estivera apaixonada. Era um antigo fantasma que vinha assombrar o romance dos dois. Pobre dele, de mãos atadas seguiu irracional, quando lhe escapou algumas palavras:
   
 "Tola és tu que não enxergas, inocente e burra, mal percebes que me fazes tão bem, és tão complicada, mas não há mistério no que sinto, jamais outro alguém arrancou de mim o que tu tiras com tal facilidade. Medo?! Quem divias ter sou eu, ao lidar com tamanha maluca, que não entende que lhe faço tudo, somente para retribuir a felicidade que trazes a mim. Megera, tola e estúpida até minhas lágrimas devorás?! Agora compreendes que a amo?"

     Espantada com a micelania de palavras rudez e mel, Aline nada mais fez do que jogar-se aos braços de seu amor abandonando fantasmas, medos e a palidez daquela terça-feira fria. '

Já aprendeu a escalar?!

       'Esperimentar o perigo, sair do cômodo e arriscar! Subir ao topo, mas lutar para se manter equilibrado fazendo malabares arricados.
       Manter a mente aberta, solta  e livre como o vento, isso é necessario para continuar equilibrada neste galho de árvore.
      Correr a solta, brincar como criança, no entanto analizando minuciozamente os detalhes, tal qual uma especialista, uma doutora... sabe se lá do que.
      Ver os sinais da natureza, nada é por acaso, é alguém tentando ajudar a encontrar o seu melhor caminho, por que você pode ser o que quizer, chegar onde puder imaginar.
      Mas de nada adianta um bom faro, a percepição aguçada, se os olhos não querem ver a verdade. E quando o coração tapa os olhos a queda da árvore está iminente.'

sábado, 30 de abril de 2011

Pra falar della.

Se seu prato ela derruba, logo a sonolencia a dominará, sua mente tão turbulenta de emoção se esgota e vai recarregar-se para mais uma.
Dizem que seu sorriso é contagiante, e quando ri de verdade seu coração transborda, virá e salta, pois aquele momento é magia, é pura graça!
Quando tua raiva despertam, a oposição se mostra, sua face imudece, seus olhos esfriam e sua língua, as vezes serena e sincera, afia-se, cuidado! Pois teus ouvidos podem não querer saber ante onde você a fez chegar.
No entanto, o mais complexo é explicar e entender, seu ingênuo coração, que bobinho se engana fácil, com promessas e sonhos, que só o fazem se decepcionar, porém é a teimosia compartilhada com sua dona que o faz não admitir o engano e insistir na burrice de gostar de quem não se deve, de dar carinho aquele que somente a quis para satisfazer a luxuria de seus pensamentos. E assim, seu coração se torna frustrado, confuso, sem reação, ferido e perdido, só pensa em livrar-se de tamanha dor.
Desejos insaciados remetem a uma só vontade, o real sonho dessa moça, amar. Amar de um jeito único, tranquilo, de um modo sublime, onde os olhos encontrem os olhos onde possam repousar.